A TERRA DA MINHA RUA
A terra que
coletei foi retirada do chão da minha rua, onde guardo as melhores lembranças
da minha infância. Onde há algum tempo atrás a simplicidade da vida estava nela.
Onde tínhamos o direito de ir e vim o horário que desejássemos, onde todos eram
solidários, onde víamos um sorriso sincero de um bom dia no
rosto de um estranho. Onde todos se conheciam. Foi na minha rua que tomei os
primeiros tombos de bicicleta, que aprendi a empinar pipa, fiz os meus
primeiros gols no campinho de areia e aprendi a brincar de queimada e
amarelinha. Nesta rua havia liberdade, ninguém queria ficar em casa, a rua
tinha mais atrativos do que a televisão, todos podiam ser o que quiséssemos, os pais
podiam deixar os seus filhos brincando nos passeios de suas casas. Todos eram
amigos!
Hoje nessa
mesma rua, só existem casas com moradores dentro, onde os vizinhos não se conhecem,
onde as crianças preferem os seus tabletes do que uma corda ou uma bola, onde
um bom dia de um estranho já se torna suspeito.
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